*Travessia* Milton Nascimento
Quando você foi embora
Fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito,
Hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha,
E nem é meu este lugar
Estou só e não resisto,
Muito tenho prá falar
Solto a voz nas estradas,
Já não quero parar
Meu caminho é de pedra,
Como posso sonhar
Sonho feito de brisa,
Vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto,
Vou querer me matar
Vou seguindo pela vida
Me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte,
Tenho muito que viver
Vou querer amar de novo
E se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço
Com meu braço o meu viver
Solto a voz nas estradas,
Já não quero parar
Meu caminho é de pedra,
Como posso sonhar
Sonho feito de brisa,
Vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto,
Vou querer me matar
Vou seguindo pela vida
Me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte,
Tenho muito que viver
Vou querer amar de novo
E se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço
Com meu braço o meu viver
*Do Jeito que a Vida Quer* Benito di Paula
Ninguém sabe a mágoa que trago no peito
Quem me vê sorrir desse jeito
Nem sequer sabe da minha solidão
É que meu samba me ajuda na vida
Minha dor vai passando esquecida
Vou vivendo essa vida do jeito que ela me levar
Ninguém sabe a mágoa que trago no peito
Quem me vê sorrir desse jeito
Nem sequer sabe da minha solidão
É que meu samba me ajuda na vida
Vamos falar de mulher, da morena e dinheiro
Do batuque do surdo e até do pandeiro
Mas não fale da vida,
que você não sabe o que eu já passei
Moço, aumente esse samba que o verso não para
Batuque mais forte e a tristeza se cala
E eu levo essa vida do jeito que ela me levar
É do jeito que a vida quer
É desse jei........to
Ninguém sabe a mágoa que trago no peito
Quem me vê sorrir desse jeito
Nem sequer sabe da minha solidão
É que meu samba me ajuda na vida
Minha dor vai passando esquecida
Vou vivendo essa vida do jeito que ela me levar
Vamos falar de mulher, da morena e dinheiro
Do batuque do surdo e até do pandeiro
Mas não fale da vida,
que você não sabe o que eu já passei
Anita
ResponderExcluirMuito interessante vc incluir em um único post duas canções com concepções diferentes sobre o que é a vida e como ela deve ser regida. Pois bem, a canção do mestre Milton Nascimento trata os acontecimentos, os obstáculos, como desafios a encarar, a superar, é muito interessante o trecho em que ele diz:
Eu não quero mais a morte,
Tenho muito que viver
Afinal uma dor de amor pode sim nos passar a vontade de não mais viver. Mas não! Na canção dá-se a entender o contrário: eu não vou sucumbir a dor! Eu vou viver para esquecer e começar tudo de novo.
A canção de Benito de Paula por outro lado, é um chorinho! Lamentações melancólicas sem perder o brilhantismo de uma canção que também retrata uma certa volta por cima. Um paradoxo muito interessante, afinal o que se faz quando uma desilusão amorosa bate em nossa porta? Sofrer? Sem dúvida, agora a intensidade e nosso comportamento perante a dor é quem dirão como suportar a talvez pior "via-crucis" que um ser humano infrenta.
Beeijos
Rafael Di Gianantonio Lopes